domingo, 1 de julho de 2012

O PROJETO DO OUTRO VISTO POR MIM


Quero dedicar um espaço neste blog para fazer um comentário sobre o projeto Arteando o Cordel autoria de Eulaila Nunes. Inicialmente parabenizo pela escolha do tema, achei o projeto Arteando o Cordel bem ousado, pois, além de mostrar aos educando a arte da xilogravura aborda questões relacionadas a identidade e a diversidade cultural do Município de Tarauacá, resgatando um dos costumes trazido pelos nordestinos que é a Literatura de Cordel e ao mesmo tempo, enfatizando a cultura local através das poesias do artista popular Chagas do Vale e do abacaxi (Tarauacá é conhecida como a terra do abacaxi gigante).
Observando a apresentação da autora do projeto percebi que ela foi muito feliz na execução do seu projeto, eu gostei bastante do resultado final, principalmente, das sextilhas produzidas, dessa forma, analisa-se que ela alcançou os objetivos descritos em seu projeto.


terça-feira, 19 de junho de 2012

APRESENTAÇÃO DOS PROJETOS


Projeto A História Registra a Arte - Nazeanzina Araújo


Projeto Memórias Indígenas - Milene Figueiredo


                                Projeto Pintura rupestre utilizando o pigmento do carvão vegetal 
                                                                       Márcia Mourão


Projeto Arte de Reciclar - Liberdade de Cássia


Projeto Contornando a Cultura Indígena - Sirlandia Vale


Projeto Arteando o Cordel - Eulaila Nunes


Projeto Germinação de Sementes - Sílvia Gomes


sexta-feira, 15 de junho de 2012

PROJETO MEMÓRIAS INDÍGENAS

PROJETO INTERDISCIPLINAR 


Tema: Memórias Indígenas

Disciplina de História: Hábitos e costumes do Índio do Brasil.

Disciplina de Arte: Cerâmica e pintura indígena. 

O projeto Memórias Indígenas, tem como contrapartida a interdisciplinaridade com as disciplinas arte e história. Na disciplina de história, o conteúdo programático focará os hábitos e costumes dos índios do Brasil. Além disso, tratará também da cultural indígena local. Em relação à arte, o projeto buscará proporcionar a execução de atividades práticas, através da produção de utensílios, ferramentas e outros elementos da cultura indígena, como também das pinturas feitas nos próprias peças produzidas, tendo como técnica: cerâmica e pintura.

Justificativa
Fala-se que o Brasil é fruto de um processo de miscigenação e mestiçagem e possui uma cultura rica e diversificada. Mas, o homem branco continua sendo apresentado como padrão nos conteúdos programáticos dos livros didáticos e nos currículos escolares, isso gera uma rejeição aos negros e indígenas, afetando o processo de identidade e diversidade cultural. Eu, particularmente sou fascinada pela cultura indígena, por isso, elaborei esse projeto com o título “Memórias Indígenas” com a intenção de trazer para dentro da escola um pouco da cultura dos índios, valorizando e reconhecendo a cultura indígena como parte da diversidade cultural da nossa história.

Objetivos: 
Valorizar a cultura indígena.
Produzir objetos utilizando a técnica modelagem em argila.
Analisar obras com a temática indígena do artista Ismael Martins.
Expor os objetos produzidos.

Público Alvo: Alunos do 2º ano "B" da escola de Ensino Médio Dr. Djalma da Cunha Batista.
Metodologia

1ª etapa 
Apresentar o vídeo (http://www.youtube.com/watch?v=WnMJbtWXR9E) retirado do youtube sobre o tema: os hábitos e costumes dos índios do Brasil. Em seguida, realizar um debate sobre o vídeo, aproveitando os conhecimentos dos alunos sobre o tema trabalhado. Posteriormente, encorajar os alunos a compartilharem seus conhecimentos sobre a cultura indígena local, indagando, por exemplo, quem visitou alguma aldeia? O que viu de interessante nesta aldeia? Quais os hábitos e costumes dessas aldeias? Existe uma relação com a história e a arte nos hábitos e costumes desses povos?
Para demonstrar um pouco da cultura indígena local, apresentar o vídeo http://www.videos.ac.gov.br/?p=12596, do festival yawanawa de Tarauacá.
Realizar a projeção e a análise de obras indígenas do artista local Ismael Martins para ampliar o repertório da turma sobre a valorização da diversidade cultural indígena das aldeias locais e também a variedade de traços contidos nas obras.
Orientar os alunos a fazerem pesquisas sobre a técnica cerâmica e também sobre as pinturas feitas nos utensílios, elementos da cultura indígena local, e explicar que na próxima aula eles vão produzir sua própria obra utilizando argila e tintas.
2ª etapa 
Fazer uma pequena demonstração sobre como usar a argila. Deixar que os estudantes escolha livremente qual elemento indígena deseja representar com a argila. Após, as produções colocá-las para secar.
3ª etapa
Realizar pinturas baseadas nos traços artísticas indígenas nas peças produzidas.
4ª etapa
Encerrar com uma exposição na própria sala de aula. Criar com os alunos uma maneira para expor os trabalhos e os conceitos discutidos durante os trabalhos realizados e os temas estudados.

Materiais: notebooks, data show, vídeos, caixa de som, pinceis, desenhos de traços indígenas, argila e tintas.



ANÁLISE DO PROJETO

O meu projeto foi para mim uma grande realização, primeiro porque abordei um tema com o qual me identifico, segundo, porque o resultado foi melhor do que o esperado, ou seja, uma grande surpresa, pois tinha receio dos alunos não aceitarem a proposta do meu projeto, porém, para minha alegria, eles demonstraram interesse, entusiasmo e envolvimento em todas as atividades propostas.
A dificuldade encontrada consistiu na falta de um espaço adequado para a realização das atividades práticas, conhecendo muito bem essa peculiaridade da escola, busquei soluções para que esse problema não interferisse na execução do meu projeto.
Sinto-me realizada com o resultado da execução do meu projeto, pois, os objetivos foram alcançados, trabalhei a interdisciplinaridade com as disciplinas de Arte e História, enfatizando a cultura indígena, de maneira, que levei para dentro da escola um pouco da cultura indígena, incentivando os alunos a valorizar a arte e a história desses povos, conhecendo a cultura local e reconhecendo que a cultura indígena faz parte de nossa diversidade cultural.
Portanto, elaborar e executar esse projeto interdisciplinar ampliou meus conhecimentos, uma vez que, trouxe aprendizagens que servirá de bases para criar outros projetos. Quero destacar, que as orientações da plataforma e da tutora à distância facilitaram para o desenvolvimento do meu projeto.



RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO PROJETO


Este relatório tem como objetivo descrever minha experiência a respeito da execução do projeto “Memórias Indígenas”. No dia trinta de maio de dois mil e doze dei inicio a primeira etapa de execução do projeto, no primeiro momento a professora regente falou aos alunos que seria eu a ministrar a aula naquele dia.
Em seguida, me passou a oportunidade, na ocasião me apresentei e expus o meu projeto a turma, destacando que era um projeto interdisciplinar abordando as disciplinas de História e Arte, também falei que o projeto “Memórias Indígenas” tinha como foco a valorização da cultura indígena no espaço escolar.
Continuando, apresentei aos alunos através de um data show (agendado na secretaria da escola) o vídeo retirado do youtube sobre o tema “os hábitos e costumes dos índios do Brasil”, terminado o vídeo comentei com os alunos do meu fascínio com relação a cultura indígena, e que iria oportunizá-los o contato com a técnica modelagem em argila, uma técnica muito usada pelos índios para confeccionar seus próprios utensílios, acrescentei ainda, que a cultura indígena é uma cultura muito rica e que faz parte da nossa diversidade cultural.
Logo em seguida, pedi aos alunos que comentassem suas impressões a respeito do vídeo exibido, eles demonstraram entusiasmo, inclusive, alguns deles comentaram que já visitaram uma aldeia, então, nesse momento fiz um breve comentário sobre a cultura indígena local, enfatizando o festival Yawanawá e o artista local Ismael Martins. Logo, após exibi um vídeo do festival Yawanawá e um slide com obras do artista Ismael Martins abordando a temática indígena.
Concluído a parte teórica, dei início à atividade prática, o primeiro passo foi fazer uma demonstração de como usar o barro, adquirido em uma cerâmica, disse a eles que além de utensílios poderiam fazer outros objetos relacionados a cultura indígena.

Durante a execução da atividade fiquei muito surpresa pelo envolvimento da turma, eles demonstraram interesse e puseram a mão massa, ou seja, no barro. Até mesmo, os meninos que eu pensava que iam ficar acanhados desenvolveram com muita criatividade a atividade sugerida.



A segunda etapa aconteceu no dia seis de junho de dois mil e doze, primeiramente agradeci a todos pela dedicação na atividade anterior, em seguida, distribui o folheto de lembrança do projeto contendo informações a respeito do projeto.

Prosseguindo, expliquei aos alunos que eles iriam fazer desenhos imitando os traços indígenas tipos os que eles observaram nos vídeos exibidos. Então, expus os objetos produzidos na aula anterior e eles começaram o processo de pintura, para relembrá-los dos traços indígenas levei algumas imagens impressas de pinturas indígenas.





Mais, uma vez os alunos me surpreenderam, pois, eles demonstraram entusiasmo e atenderam com perspicácia aos comandos solicitados. Apesar, da escola não ter um espaço próprio para desenvolver as atividades práticas, os alunos realizaram com êxito a atividade proposta. Aliás, a falta de um espaço destinado as atividades práticas foi uma das dificuldades encontradas, pois, tive que providenciar folhas de compensado e jornais para não sujarem as mesas.
Outra dificuldade encontrada foi em relação a quantidade de aula da disciplina de arte, cada turma tem apenas um horário de cinquenta minutos, uma vez por semana, isso dificultou um pouco, visto que, cinquenta minutos é um tempo curto para realizar atividades práticas.
Para finalizar a execução do projeto realizei no dia doze de junho de dois mil e doze no pátio da escola, a exposição dos objetos produzidos, a turma, na qual foi aplicado o projeto compareceu acompanhada de sua professora, observaram, tocaram e relembraram os momentos da criação dos objetos. Enfim, não precisa nem dizer a satisfação dos alunos em participar do projeto, o envolvimento nas atividades propostas podem ser comprovadas nas imagens expostas neste relatório.




 Por fim, posso dizer que o resultado final da execução do projeto foi satisfatório, alcançando os objetivos descritos, a coordenadora pedagógica da escola Maria Madalena Ferraz Martins falou que, trabalhar a interdisciplinaridade na sala de aula através de projeto viabiliza a construção de novos conhecimentos, porque a interação entre os alunos, a troca de experiências e de saberes aliadas as várias leituras e as informações enriquecem a aprendizagem. Para mim, foi uma experiência maravilhosa que enriqueceu meus conhecimentos e que me deixou mais segura quanto ao tema do meu TCC.




ANÁLISE DE DADOS 



domingo, 3 de junho de 2012

TEXTO RELACIONADO COM AS DISCIPLINAS DO PROJETO


Arte e História
Ao longo do tempo, percebemos que a existência do homem não se limita à simples obtenção dos meios que garantem a sua sobrevivência material. Visitando uma expressiva gama de civilizações, percebemos que existem importantes manifestações humanas que tentaram falar de coisas que visivelmente extrapolam a satisfação de necessidades imediatas. Em geral, vemos por de trás desses eventos uma clara tentativa de expressar um modo de se encarar a vida e o mundo.
Paulatinamente, essa miríade de expressões passou a ser reconhecida como sendo “arte”. Para muitos, este conceito abraça toda e qualquer manifestação que pretenda ou permita nos revelar a forma do homem encarar o mundo que o cerca. Contudo, o lugar ocupado pela arte pode ser bastante difuso e nem sempre cumpre as mesmas funções para diferentes culturas. Não por acaso, sabemos que, entre alguns povos, o campo da expressão artística esteve atrelado a questões políticas ou religiosas.
            Na opinião de alguns estudiosos desse assunto, o campo artístico nos revela os valores, costumes, crenças e modos de agir de um povo. Ao detectar um conjunto de evidências perceptíveis na obra, o intérprete da arte se esforça na tarefa de relacionar estes vestígios com algum traço do período em que foi concebida. A partir dessa ação, a arte passa a ser interpretada com um olhar histórico, que se empenha em decifrar aquilo que o artista disse através da obra.
            Com isso, podemos concluir que a arte é um mero reflexo do tempo em que o artista vive? Esse tipo de conclusão é possível, mas não podemos acabar vendo a arte como uma manifestação presa aos valores de um tempo. Em outras palavras, é complicado simplesmente acreditar que a arte do século XVI tem somente a função de exprimir aquilo que a sociedade desse mesmo século pensava. Sem dúvida, o estudo histórico do campo artístico é bem mais amplo e complexo do que essa mera relação.
Estudando a História da Arte, o pesquisador ou estudante irá perceber que uma manifestação de clara evidência “artística” pode não ser encarada como tal pelo seu autor ou sociedade em que surge. Além disso, ao estabelecermos um olhar atento à obra de um único artista, podemos reconhecer que os seus trabalhos não só refletem o tempo em que viveu, mas também demonstram a sua relação particular, o diálogo singular que estabeleceu com seu tempo.
Atualmente, o olhar histórico sobre a arte vem sendo acrescido de outras questões bastante interessantes. A apropriação da obra pelo público, os meios de difusão do conteúdo artístico e o intercâmbio entre diferentes manifestações integram os novos caminhos que hoje englobam esse significativo campo de conhecimento. Sem dúvida, ao perceber tantas perspectivas, temos a garantia de que as possibilidades de se enxergar a arte ou uma única obra pode conceber variados sentidos. Por Rainer Sousa - Graduado em História/ Equipe Brasil Escola. Disponível em: (http://www.brasilescola.com/artes/a-arte-na-historia.htm)
Selecionei este texto, porque achei o assunto interessante e acredito ter uma relação com o trabalho que pretendo desenvolver na disciplina Projeto Interdisciplinar de Ensino e Aprendizagem 2. O autor deste texto Rainer Sousa propõe uma reflexão a respeito do olhar histórico sobre arte, pois, de acordo com Sousa, alguns estudiosos embasados no conjunto de evidências perceptíveis em uma obra, tais como; valores, costumes, crenças e modos de agir de um povo, interpreta a arte como uma manifestação presa aos valores de uma determinada época. Ele acredita que “o estudo histórico do campo artístico é bem mais amplo e complexo”, concordo com ele, principalmente, quando diz que “ao estabelecermos um olhar atento à obra de um único artista, podemos reconhecer que os seus trabalhos não só refletem o tempo em que viveu, mas também demonstram a sua relação particular, o diálogo singular que estabeleceu com seu tempo” (Sousa).
O autor ainda destaca que hoje, o olhar histórico sobre a arte aborda outras questões, como, análise de obra pelo público, transmissão de conteúdos artísticos e interação entre diferentes manifestações artísticas, isso, permitiu “enxergar que a arte ou uma única obra pode conceber variados sentidos” (Sousa).
Por fim, o texto escolhido trouxe novos conhecimentos e informações sobre a Arte e a História que servirá de embasamento no desenvolvimento do meu projeto, bem como, no desenvolvimento de futuros trabalhos acadêmico.